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Vermelhos: Dificuldades a superar após 10 anos

... logo entrarão em operação. ​Os resultados desse esforço são conhecidos e parte dos objetivos institucionais do projeto foi alcançada. A outra parte, referente ao programa educacional "Grupos Musicais", gestado há mais de oito anos, não foi iniciada porque depende da criação da estrutura pedagógica e financeira essencial para os projetos educacionais de longo prazo. Entretanto, o êxito alcançado até aqui é sinalizado pela oferta ao Litoral Norte de uma infraestrutura de equipamentos e atividades culturais inéditas e singulares na região; pela íntima integração do projeto com o meio ambiente e o sentido de sua preservação; pelos critérios de curadoria direcionados para a qualidade artística das programações; e pela contribuição que oferece para o desenvolvimento cultural e educacional das comunidades, para o incremento dos índices de crescimento social e de desenvolvimento econômico, para a geração de empregos, para o combate à sazonalidade do comércio, turismo e prestações de serviço e para a descentralização urbana, em uma coleção de benefícios sociais tangíveis e intangíveis.

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Embora Vermelhos tenha vencido em dez anos as desconfianças trazidas pela difícil localização geográfica do complexo e pela falta de tradição popular quanto à natureza de parte essencial das atividades que propõe, essas dificuldades ecoam, no presente, na sua persistente falta de acesso às fontes do financiamento necessário para suporte de suas atividades. Todos os seus méritos parecem mostrar-se insuficientes para mobilizar o apoio financeiro público e privado de que necessita, do qual igualmente depende toda e qualquer instituição cultural, pública ou privada, da menor à maior, situada em qualquer recanto do país. Suas realizações, de fato, não parecem suficientes para tanto nem mesmo se associadas à construção do complexo apenas com recursos particulares e sem um níquel de dinheiro público ou incentivo fiscal; ao acúmulo de prejuízos operacionais que hoje somam mais de 2 milhões de reais a valor histórico, número que, grande para Vermelhos, é ínfimo quando comparado ao que os municípios brasileiros gastam em shows de fim de semana; ou se observados os braços abertos com que Vermelhos é recebido por algumas das mais sérias instituições culturais e corpos artísticos do país.

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Essas dificuldades se refletem, de fato, na incapacidade de Vermelhos de atuar como instrumento para o marketing bruto das empresas, para o que não foi formatado. Mas é daí que parecem brotar o desinteresse do setor privado e da administração pública indireta em apoiá-lo e a sua aparente indiferença aos objetivos institucionais do complexo erguido em Ilhabela, a despeito do seu ineditismo e singularidade. Assim é ou parece ser, ainda que essas empresas possam prestar seu apoio sem gastos próprios, uma vez que podem fazê-lo com base em incentivos fiscais plenos que garantem a sua total reposição e desoneração. Isto inclui empresas da indústria, do comércio e de serviços, instituições financeiras e concessionárias e prestadoras de serviços públicos, com destaque para as que atuam diretamente na região, mercados e ecossistema do Litoral Norte de São Paulo. Não se trata, assim, de uma questão financeira mas de política fiscal e de atribuição de deveres sem ônus financeiros ao setor produtivo, que embute uma distorção das leis de incentivo fiscal que não foram criadas como instrumento de financiamento de marketing das empresas.

  

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